segunda-feira, 7 de abril de 2008

ESTUDO NAS CARTA DE PAULO 1ª CORÍNTIOS A FILEMOM

ESTUDANDO

AS CARTAS DO

APÓSTOLO

PAULO

De 1ª Coríntios a Filemom

Com comentários da Bíblia de SEDD e

O NOVO COMENTÁRIO DA BÍBLIA.

ANÁLISE DE CADA CARTA.

MAIS 120 MEDITAÇÕES

DO DEVOCIONAL BOA SEMENTE

COMPILADO POR:

DILMAR J. L. PEREIRA

REVISADO EM 2009

Na internet www.alimentandoaalma1.blogspot.com

1ª CORÍNTIOS - ANÁLISE

Primeira Epistola de Paulo aos

Coríntios

Análise

1ª Coríntios não é apenas uma carta onde o apóstolo Paulo apresenta conselhos sobre questões importantes da fé e da conduta cristã, mas igualmente projeta luz reveladora sobre problemas superiores enfrentados por igreja jovem, não muito depois de sua fundação, em meados do primeiro século em nossa era. Paulo havia levado a mensagem missionária. Essa cidade apresentava um desafio tremendo ao evangelho, tanto por ser um dos principais centros comerciais cosmopolitas do mundo antigo, como por ser um lugar famoso por sua devassidão e licenciosidade. Se a mensagem da Cruz tivesse o poder de atingir e transformar as vidas de homens e mulheres de tal ambiente, então é que era realmente poderosa! E foi exatamente isso o que aconteceu. Além disso, os membros daquela congregação haviam sido enriquecidos com grande variedade de dons espirituais – confirmação tanto para eles como para o mundo, de que Deus estava presente e agia poderosamente no meio deles.

Não se passou muito tempo, entretanto, até que se levantassem erros sérios quanto à doutrina e prática, que ameaçavam o bem estar e até mesmo a sobrevivência da comunidade cristã ali existente, e que infestavam até as próprias fileiras dos crentes. É principalmente a correção desses erros que 1ª Coríntios se devota. Em primeiro lugar, deploráveis divisões haviam cindido a igreja em facções hostis, despedaçando a unidade em torno da qual todos os que professaram ser irmãos em Cristo deviam estar reunidos. Em segundo lugar, dentre seus próprios membros, um deles se tornara culpado de imoralidade grosseira e de gravidade tal que nem mesmo a devassa sociedade, daquela cidade pagã teria tolerado, mas, não obstante, a congregação não impusera disciplina ao ofensor, expelindo-o de sua comunhão. Em terceiro lugar, membros da igreja viviam arrastando uns aos outros perante os tribunais seculares dos pagãos para solução de disputas que haviam surgido entre eles, em lugar de resolverem suas querelas no espírito do amor cristão, dentro da própria comunidade, ou em lugar de estarem dispostos, seguindo o exemplo de Cristo, a tolerar os danos sofridos sem retaliação. Em quarto lugar, alguns deles vinham cometendo fornicação com prostitutas, procurando justificar tal conduta com argumento de que apenas o corpo era envolvido e que os feitos do corpo são inconseqüentes para a alma. Em quinto lugar, a Ceia do Senhor, que deveria ser uma expressão de amorosa harmonia, havia degenerado em irreverência, glutonaria e comportamento desatencioso. Em sexto lugar, havia cenas de desordem que nada edificavam quando os membros se reuniam para a adoração pública, especialmente no exercício dos dons espirituais com os quais haviam sido dotados. O apóstolo Paulo sentiu ser necessário relembrá-los de que o mais excelente de todos os dons, e que é o que mais deve ser cobiçado, é o dom do amor, à parte do qual, os demais dons são inúteis. Em sétimo lugar, um ensino herético que, por negar o fato da ressurreição de Cristo e por realmente negar a possibilidade de qualquer ressurreição dentre os mortos, feria a própria Pedra de Esquina da fé cristã, e que lamentavelmente conseguira muitos adeptos na igreja de Corinto. Essas questões, cada uma delas escandalosa, receberam cuidadosa e urgente atenção nessa epístola.

O apóstolo Paulo igualmente apresentou instruções sobre certas outras questões que haviam sido levantadas pelos coríntios, numa carta que lhe haviam endereçado. Essas perguntas podem ser sumariasdas como segue: era aconselhável aos crentes casarem? Marido ou mulher, uma vez convertidos, deveriam continuar vivendo com o cônjuge impenitente? Qual deve ser a atitude do crente para com a ingestão de alimentos anteriormente oferecidos em sacrifício aos ídolos? As mulheres devem cobrir a cabeça ao freqüentarem a adoração pública? Qual é o significado real da verdade de dons espirituais? Que arranjos deveriam ser feitos no tocante à coleta para o alívio dos crentes empobrecidos de Jerusalém?

Seria um engano imaginar que o conteúdo dessa epístola é relevante apenas para a situação particular da Igreja de Cotinto no primeiro século, pois, embora quando às circunstâncias e à forma externa, os problemas da Igreja variam de época para época, quanto à sua essência, todavia, permanecem os mesmos, e os princípios que o apóstolo apresentou são aplicáveis aos nossos próprios dias e situações, não menos que aos seus dias e suas circunstâncias.

Autor

Tanto a evidência interna como a evidência externa de que o apóstolo Paulo foi o autor desta epístola são tão fortes que são conclusivas. Não é possível fixar a data da escrita com certeza, mas provavelmente foi na primavera de 55 ou 57 d.C. Nessa ocasião Paulo se encontrava em Éfeso, durante o decurso de sua terceira viagem missionária.

Extraido da BÍBLIA DE SHEDD.

1ª CORÍNTIOS PAG. 1

Texto áureo: Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, manteremos comunhão uns com os outros

(1ª João 1:7).

Favor ler 1 Coríntios 1: 1-16.

Através do ministério de Paulo forma-se em Corinto uma numerosa igreja (Atos 18: 10). Como Paulo não é somente um evangelista zeloso, mas também um pastor fiel, continua dedicando-se a ela em amorosa diligência (2ª Coríntios 11: 28). É de Éfeso que Paulo lhes escreve esta primeira carta, endereçando-a também a “todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Corintios 1:2). Se você é um desses, esta carta também é destinada a você.

Paulo tinha recebido más notícias de Corinto: Várias desordens estavam acontecendo naquela igreja. Porém, antes de tratar de tais penosos assuntos, Paulo lembra a esses crentes as riquezas espirituais que eles possuíam em decorrência da graça de Deus (v 4-5). Procuremos enumerar os nossos inestimáveis privilégios como filhos de Deus! Isso será útil para sabermos medir a nossa responsabilidade e levar mais a sério a vida cristã. Não deixemos de agradecer a Deus por isso, como faz o apóstolo aqui.

A primeira reprovação dirigida à igreja de Corinto diz respeito às suas contendas. Eles estavam seguindo após homens (a Paulo e Áquila, a Cefas e a Cristo apenas como um mestre melhor que os outros: João 3:2), em vez de estarem unidos na comunhão de “Jesus Cristo nosso Senhor”, o Filho de Deus (v.9). Queria Deus que sempre estejamos no gozo desta comunhão! (1ªJoão 1:3).

COMENTÁRIOS

1.1 Apóstolo. Em sentido restrito, os que viram Cristo ressuscitado e receberam dEle a sua comissão apostólica (cf 15.8ss).

1.2 Igreja. Assembléia de cidadãos regularmente convocada (cf At 19.39). No N.T., o povo convocado e dirigido por Deus. Santificados. Separados por Deus para um propósito especial. Em Cristo. Membros do Seu corpo que compartilham da Sua vida (cf Jo 15). Invocam. Cf 12.3; Jl 2.32; Rm 10.13.

1.5 Palavra... conhecimento. Capacidade de receber a verdade.

1.6 Testemunho. O evangelho na experiência pelo Espírito.

1.7,8 Dom (gr charisma). Cf 12.4; 7.7; 2 Co 1.11. Revelação. Segunda vinda de Cristo. Ele promete cuidar daqueles a quem Ele dá o Espírito. Irrepreensíveis. Sem culpa perante a lei. No Dia, isto é, o dia da volta de Cristo.

1.9 Comunhão (gr kainãnia), “participação”. Os cristãos participam na vida, sofrimento e glória de Cristo. * N. Hom. Privilégio do Cristão. 1) Eleição (vv 2,9); 2) Recursos (vv 5-7); 3) Esperança (vv 7,8).

1.10 Divisões (gr schismata), “rasgões em pano”. Não cismas, mas partidos, baseados não em doutrinas, mas em personalidades (cf 3.4ss; 11.18,19). Unidos. Conserta o pano rasgado. Disposição... parecer. Os cristãos, pelo amor, devem manter a mesma conclusão baseados nos mesmos princípios (cf Fp 2.2,5).

1.11 Casa de Cloe. Representantes de um cristão de Corinto que foras, até Éfeso onde Paulo estava trabalhando nos anos 52 – 55 d.C.

1.12-16 Cefas. Nome aramaico de Pedro. De Cristo. Esse partido, ao querer ser o melhor

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1ª CORÍNTIOS PAG. 2

criou mais uma facção. Apolo,cf At. 18.24. Crispo, Gaio, Estéfanas. 16.15; At 18.8; Rm 16.23. Batizados. Em nome de alguém implicava que pertencia e seria fiel a essa pessoa. Paulo não permitia “paulinistas”.


Texto áureo: Diz o insensato no seu coração: Não há Deus

(Salmo 14:7).

Favor ler 1ª Coríntios 1: 17-31

Para nós que somos salvos”, a palavra da cruz é o poder de Deus. Mas para as demais pessoas é tão somente loucura. Todo o significado da cruz (a morte de um Justo exigida pela justiça de Deus, o perdão gratuito para os pecadores, o renunciar a si mesmo) são verdades que conflitam com a razão humana. Se, por outro lado, fora oferecidos milagres e obras espetaculares, o requisito de um nobre ideal e um código moral que exige muitos esforços... bem, esse será o tipo de religião não choraminguem. Mas oh! O versículo 18 classifica todos os sábios, todos os escriba e inquiridores, em resumo, poderosos intelectuais deste e dos demais séculos sob a mesma e espantosa designação “os que se perdem”.

É fato que entre os redimidos do Senhor nãomuitos sábios, poderosos ou nobres (v. 26), pois estes têm mais dificuldade de tornar-se “como crianças”(Mateus 18:3, 11:25). Para Se glorificar, Deus escolhe o que é fraco, vil e menosprezado – e é essa a opinião que o mundo tem sobre os cristãos. Mas que importa seu próprio valor, uma vez que estão em Cristo e para eles Cristo se tornou tudo: poder, sabedoria, justiça e redenção (vv.24 e 30)?

COMENTÁRIOS

1.17 Batizar. Não requer dons especiais; os subordinados cuidaram desse rito (At 10.48; Jo 4.2).

1.18 Poder (gr. dunamis). Cf Rm 1.16. O evangelho não somente informa, mas transforma pela ação do Espírito (At 1.8; Jo 4.1)

1.19 Sabedoria. Não todo o conhecimento secular, como tal mas somente as idéias filosóficas e religiosas que negam o verdade de Deus serão anuladas.

1.20 Sábio. Havia dois tipos: 1) O escriba (interprete da lei judaica, Mt 5.29) e 2) O inquiridor (filósofo grego).

1.21 Pregação (gr kerugma). A mensagem e sua proclamação pública aos não convertidos. A salvação depende da revelação, não da razão somente. Crêem. No gr é presente contínuo, i.e., habitual.

1.22,23 Os judeus esperavam um Messias com poderes sobrenaturais (Jo 7.31), não alguém que seria amaldiçoado por Deus (Gl 3.13). Os gregos escarneciam de uma divindade que não tinha nem a sabedoria, nem o poder para salvar de tal morte.

1.24,25 Sem loucura e a fraqueza da crucificação, não poderia ter havido a sabedoria e o poder da ressurreição e os inumeráveis benefícios oriundos dessa.

1.26,27 Vocação (gr klesis). Cf 1.2,9. Não muitos. Portanto alguns.

1.28 Coisas . Enfatiza a insignificância das pessoas. Os pobres não são necessariamente mais receptivos ao evangelho. Há mais pobres e Deus os chama para frustrar o orgulho hu-

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1ª CORINTIOS PAG. 3

mano. Aquelas que não são. A atividade de Deus é criadora; opera milagres (cf Rm 4.17; hb 11.1).

1.29-31 Vanglorie. Confiar ou orgulhar-se em algo para honra e bem-aventurança própria (3.21; Gl.614). * N. Hom. Cristo, Maravilhoso Senhor. 1) Ele é nossa sabedoria (Jo 1.18; 14.6); 2) Ele é nossa justiça (2 Co 5:21; Fp 3.9); 3) Ele é nossa santificação (Rm 6.22; 2Co 3.18); 43) Ele é nossa redenção (Hb 9.12; Rm 8.23; Ef 4.40), nossa salvação passada, presente e futura.


Texto áureo: Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente (1ª Coríntios 2:12).

Favor ler 1ª Coríntios 2:1-16

Sabemos que no mundo um belo discurso, certo carisma e “palavras persuasivas de sabedoria humana podem ser suficientes para assegurar a vitória de qualquer cousa. Mas Deus não usa essas habilidades humanas nem estratégias de propaganda para nos fazer conhecer a (vv. 4-5). Apesar de seu elevado nível de instrução, Paulo não brilhou em Corinto por sua sabedoria, cultura ou eloqüência. Isso seria uma contradição ao seu ensinamento, pois a cruz de Cristo que ele anunciava representa justamente o fim de tudo aquilo que do qual o homem se orgulha. Mas, longe de sair perdendo com isso, o crente tem recebido as coisas visíveisaquiloque por Deus nos foi dado gratuitamente” – e simultaneamente o meio para discerni-las e delas desfrutar; o Espírito Santo, o único agente que Deus utiliza para nos comunicar Seus pensamentos (v.12). De que serviria uma partitura sem os instrumentos musicais para interpretá-la, ou um disco sem o aparelho para tocá-lo? Por outro lado, que efeito teria um belo concerto para uma platéia de pessoas surdas? Assim a linguagem do Espírito Santo é incompreensível ao “homem natural”. Em contrapartida o “homem espiritual” pode apreciar as coisas espirituais por meio de recursos espirituais (vv.13-15).

COMENTÁRIOS

2.1,2 Testemunho (gr marturion). Pregadores não devem ser oradores, mas testemunhas. Cristo...crucificado. Um paradoxo, um resumo da mensagem cristã (15.3,4) cuja exposição é o N T. todo.

2.4,5 Palavra (gr logos) A mensagem (1.18). Linguagem persuasiva. Argumentos racionais, oratória, pressão psicológica, emocionalismo, etc. Convicção baseada apenas em argumentos racionais fica à mercê de melhores argumentos. Mas são necessários para captar o ouvido do não crente (cf At 17.2,17; 18.28; 1 Pe 3.15s).

2.6 Experimentados (gr teleios), “perfeitos”. São os espiritualmente maduros 13: 1) Poderosos. Não são demônios mas autoridades romanas e judaicas (cf 2.8; At 3.17; Mc 1.24,34).

2.7-8 Mistério. Uma verdade antes oculta, agora revelada por Deus, e aceita somente pela fé. Glória. A divina excelência e suprema autoridade de Cristo (Sl. 19.1ss). Ele morreu para nossa glória, transformação física, perfeição moral e participação de Seu Filho como

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1ª CORÍNTIOS PAG. 4

co-herdeiro (Rm 8.17-30).

2.9-11 Como está escrito... Refere-se a certas frases de Is 64.4;65.17. Coração. A vida interior, especialmente a mente. Amor é mais que uma emoção (Jo 14.21). O que Deus tem preparado.... A revelação se refere às realidades do evangelho todo. O Espírito conhece a Deus por dentro como o espírito do homem conhece a si mesmo.

2.12 Espírito do mundo. A razão humana que rege no mundo.

2.13 Espírito. Ele ajudou os escritores a acharem as palavras certas para transmitir os conceitos espirituais.

2.14-16 Natural (gr psuchikos), “da alma”, não regenerado. Entende as palavras, mas rejeite os conceitos. O Espírito em nós fornece uma nova capacidade de discernimentos (gr anakrinetai). Espiritual (gr pneumatikos). É aquele que vive guiado pelo Espírito (Rm 8.9,14). Julga. Avalia, peneira, examina com intenção de julgar os aspectos espirituais de tudo. O cristão terá a mente de Cristo, se ele deixar o Espírito revelar os pensamentos de Deus por meio das Escrituras.


Texto áureo: [Se] alguém diz: Eu sou de Paulo; e outro: Eu, de Apolo; não é evidente que andais segundo o homem?

(1ª Coríntios 3:4).

Favor ler 1ª Coríntios 3:1-15.

Visto que estavam tão ocupados com suas divisões, os coríntios não conseguiram fazer nenhum progresso. Eles pareciam àqueles alunos mais fracos que tolamente disputavam quem, era o professor mais instruído ou a sala de aula mais bonita. Paulo declara que era imaturidade deles se ocupares com o servo em vez de com seus ensinamentos. Resumindo: eles ainda eram carnais (vv.2-3). Quantas vezes confundimos a verdade com aquele que a apresenta! Por exemplo, se formos ouvir um servo de Deus, pensando de antemão que ele não tem nada para nos oferecer, receberemos apenas o que esperamos, ou seja, nada! Em seguida o apóstolo enfatiza a responsabilidade daquele que ensina. Na obra de Deus, comparada a uma lavoura ou a um edifício, cada obreiro tem sua própria atividade. Ele pode trazer diferentes matériasquer dizer, diferentes aspectos da verdade – e edificar vidas ao apresentar-lhes a justiça de Deus (o ouro), a redenção (a prata) e as glórias de Cristo (as pedras preciosas. Ou então, aparentando fazer uma grande obra, palha... e tal obra não resistirá ao fogo. Por isso, “cada um veja como” (e não quanto)!edifica” sobre o único e inabalável fundamento: Jesus Cristo.

COMENTÁRIOS

3.1 Carnais (gr sarkinois). “Humanos”. Porque eram nenês na .

3.2 Leite. É todo o desígnio de Deus ( At 20.27; Hb 6.1) em forma simples. Alimento sólido, o mesmo desenvolvido e aprofundado.

3.3 Ciúmes (gr.zelos). Rivalidade e contenda são sempre um indício de carnalidade.

3.4-5 Andais segundo.... Agindo meramente como homens. Quem...? Quem... O gr tem

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1ª ORÍNTIOS PAG. 5

Que...? Quem...? salientando as funções, não as pessoas. Servos (gr diakonoi) de nível humano, que em si mesmo não têm nem mensagem nem poder.

3.8 As funções são de importância igual e complementares. Galardão. É o “salárioque depende do êxito mas do trabalho.

3.9 Lavoura. É o campo que Deus está lavrando (Jo 15.1). De Deus. Três vezes em posição enfática no grego.

3.10,11 Paulo era o “mestre construtor” (gr architektõn), capacitado pela graça (Rm 12.3) do Arquiteto que lhe deu o projeto.

3.12 Ouro, prata, pedras preciosas (ou mármore) foram usados na construção de templos; os outros materiais, em casas humildes.

3.13 O Dia ...(do juízo). Está sendo revelado pelo fogo.O verbo indica absoluta certeza. Na perseguição e julgamento avalia-se o trabalho.

3.14,15 Galardão. salário” (cf. Ap 22.12; Lc 19.16-19).


Texto áureo: Eu [disse Jesus] sou aquele que sonda mente e corações, e vos darei a cada um, segundo as vossas obras

(Apocalipse 2:23).

Favor ler 1ª Coríntios 3:16-23; 4:1-5

Além de autênticos obreiros que podem estar fazendo um trabalha deficiente (v.15), ainda existem os falsos servos que corrompem o templo de Deus (v. 17). Que ninguém se engane acerca de si mesmo, do que é e do que está fazendo! (v.18). Cuidado também com os valores e raciocínios humanos. São referências enganosas! A sabedoria de Deus é loucura para o mundo (v.19). Dependendo do alvo que temos em vista, buscaremos orientação por uma destas sabedorias. “O homem natural” sente pena do cristão que, em sua opinião, está sacrificando as vantagens e prazeres do presente por um futuro vago e incerto. Que bom seria se todos nós sofrêssemos deste tipo de loucura! O que são essas miseráveis variedades em comparação com aquilo que nós, os cristãos, possuímos? Todas as coisas são nossas porque nós somos de Cristo, a quem tudo pertence. Sob Sua dependência, podemos dispor de tudo o que precisamos a Seu serviço. Porém, o mais importante é que cada um seja “encontrado fiel” (4:2). Cada um, pequeno ou grande, é um administrador e receberá o seu louvor. Este não virá da parte do seu irmão, mas, sim, dAquele que conhece o coração do homem (V. 5; ver também 2ª Timóteo 2:15).

COMENTÁRIOS

3.16 Santuário (gr naos). Um somente, no qual existia o lugar santíssimo. Os templos pagãos tinham seus deuses; o templo de Jerusalém tinha um símbolo da presença divina, mas o Espírito de deus habitava no Templo que é a Igreja Universal que se manifesta na igreja local.

3.17 A penalidade para a profanação do templo era a exclusão (Nm 19. 20) ou a morte (Lv 15. 31). Aqui não se trata de mão de obra inferior mas da destruição da comunhão, a realidade mais preciosa da igreja.

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1ª CORÍNTIOS PAG. 6

3.18-20 No grego, “dentre em vós, neste século”. Contraste forte do cristão na igreja e no mundo. Todos são responsáveis por suas idéias.

3.22 Todos os ministros pertencem à Igreja toda para servi-la. O mundo (gr kosmos). O universo físico, incluindo todo o verdadeiro conhecimento secular. A vida, presente. A morte. Cf 15.54-57.

3.23 Cristo é igual a Deus, mas, como homem, sujeita-se ao Pai.

4.1 Ministros (gr huperetas). Um subordinado. Despenseiros (gr. oikonomos).Em relação aos escravos, um supervisor; em relação ao Senhor, um servo; em relação aos bens, um mordomo ou administrador. Os bens são os ministérios (a Palavra) de Deus.

4.3,4 Julgado (gr anakirinõ). Exame crítico preliminar ao julgamento. Veja 2.14ss. Tribunal humano (no gr “dia humano”). Usado em contraste com o divino, 3.13; 2ª Pedro 3.10ss. Justificado, não em relação à salvação (Rm 5.1) mas ao trabalho.

4.5 Desígnios. Cf Rm 2.16; Hb 4.12,13. Louvor. Cf 15.58; Hb 6.10.


Texto áureo: Deus resiste aos soberbos, masgraças aos humildes (Tiago 4:6).

Favor ler 1ª Coríntios 4: 6-21)

Qual era a raiz das dissensões na igreja de Corinto senão a soberba (Provérbios 13: 10; Lucas 22:24). Cada um se orgulhava de seus dons espirituais e de seu conhecimento (1ª Coríntios 1:5), esquecendo-se de uma coisa: que eles tinham recebido tudo isso por pura graça. Para que permaneçamos humildes, recordemos sempre a pergunta feita no versículo 7 “e que tens tu que não tenhas recebido?”.

Além disso, inchar-se como o vento de sua própria importância era almejar algo diferente de “Jesus Cristo, e este crucificando” (2:2). Era quererreinardesde , apesar de estar escrito: “Se perseveramos [no presente], também com Ele reinaremos” (2ª Timóteo 2:12). Por sua parte, o apóstolo Paulo não havia invertido as coisas. Ele voluntariamente tinha assumido sua posição com o “lixo do mundo, escória de todos” (v. 13).. uma posição que pouquíssimos cristãos estão prontos a aceitar. Porém, como Paulo tinha em vista a verdadeira felicidade dos seus queridos coríntios, suplica-lhes que sigam com ele o mesmo caminho. O apóstolo era o pai espiritual deles (v. 15) e desejava que se assemelhassem a ele, assim como os filhos se assemelham aos pais. No entanto, se suas advertências não fossem consideradas, ele estava disposto a usar a “vara” ao encontrá-los, cumprindo com severidade esse dever paternal para o bem de seusamados filhos” (14)

COMENTÁRIOS

4.6 Estas coisas. Especialmente de 3.5 até aqui. Paulo usou figuras para não mencionar os nomes dos líderes culpados. Apolo e Paulo não eram rivais (3.6; 8.10; 16.12) mas seus seguidores eram. Está escrito. Especialmente citações de Jr 9.24; Is 5.21; Sl 94.11. Ensoberbeça. No gr “ser inchado como foles” (cf 4.18,19; 5.2; 8.1; 13.4).

4.7 Tudo o que tinham foi concedido por Deus. Nada era inerente.

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